Segundo dia em Quito
Expandimos mais um dia a nossa escala em Quito para explorar algumas atrações que realmente valem a pena conferir na capital do Equador. Neste segundo dia, programamos um tour no vulcão Cotopaxi e depois um passeio no Centro Histórico de Quito.
Acordamos 5 e pouco da manhã, ainda era noite em Quito. Tomamos um desayuno e nos dirigimos ao Restaurante Q na Plaza Forch, que era o ponto de encontro para o tour no vulcão Cotopaxy.
Este tour é conhecido como COTOBIKE, pois engloba a subida em veículo até o parqueadero a 4.500 metros, ponto mais alto do vulcão que pode-se chegar em veículo, mais a subida até o refúgio Jose Rivas, localizado em 4.800 metros, subida até as geleiras do vulcão a mais de 5.100 metros e, por fim, 10 Km de descida do vulcão em downhill de mountain bike.
Aos poucos foi chegando mais gente para o tour no ponto de encontro e 6:45 partimos todos em um micro-ônibus em direção ao parque do vulcão Cotopaxi, que fica a cerca de 1 hora ao sul de Quito.
Já perto do Parque Nacional Cotopaxy, fizemos uma parada na Hosteria Papagayo para pegar mais alguns aventureiros. Nesta região, encontram-se mais dois vulcões inativos, e esta hosteria é um local em que o pessoal de escalada fica por um tempo se preparando e fazendo aclimatização para as escaladas em altitude.
Ali pegamos as bikes, as testamos, e as colocamos sobre o bus para usá-las posteriormente na descida do vulcão.
Partimos e em mais alguns minutos já foi possível avistar o vulcão Cotopaxi, que é um dos únicos vulcões ativos do mundo que possui uma perfeita forma cônica.
A última grande erupção do Cotopaxi, hoje monitorado por sensores, foi em 1904 e deixou muitos mortos. O Cotopaxi vem seguindo um padrão de uma grande erupção a cada 100 anos, nos últimos 500 anos. Por causa disso há uma grande preocupação em torno de uma nova possível erupção, pois quando a mesma ocorrer, devido ao aumento populacional em Quito e arredores destes últimos 100 anos, deverá ocorrer uma grande tragédia. O material do vulcão deverá atingir em menos de 3 horas toda a parte norte da grande Quito, podendo atingir cerca de até 3 milhões de pessoas.
Fizemos uma parada na entrada do parque para que os que ainda não tinham, pudessem comprar luvas e gorros, e logo em seguida inciamos a subida até o parqueadero do vulcão, a 4.500 metros. Lá já é possível sentir os primeiros efeitos da altitude e sentir um “clima hostil”.
A partir dali seguimos a subida a pé até o Refúgio Jose Rivas, que é uma casa encravada no alto do vulcão, já na neve, onde pode-se refugiar do frio e tomar uma sopa ou um chocolate quente.
Esta primeira parte da subida foi muito pesada.
O cara num primeiro momento imagina que vai tirar de letra a subida, mas basta começa-la para perceber que não é nem um pouco assim. Aqui os efeitos da altitude começam a bater forte e cada 15 metros de subida parece que o cara acabou de completar uma maratona.
Alguns ficam pelo caminho e muitos dos que chegam aos 4.810 metros do refúgio precisam parar várias vezes para conseguir respirar com o oxigênio cada vez mais escasso.
Levamos quase uma hora para completar a subida até o refúgio e lá fizemos um descanso antes de seguir para as geleiras.
Alguns integrantes do grupo ficaram por ali mesmo e o resto seguiu então subindo na montanha, já totalmente completa de neve, para alcançar o glaciar.
Foram cerca de mais 45 minutos vulcão acima, até os 5.100 metros. Lá, quase no topo do vucão, o gelo é permanente.
Inesquecível estar perto do cume do vulcão, em meio a todo aquele gelo!
Lá em cima, comemoramos a nossa façanha, tiramos fotos nas geleiras, brincamos na neve, e depois de apreciar por algum tempo a bela paisagem, iniciamos a descida.
Primeiramente, voltamos ao refúgio, nos revigoramos com um ótimo chocolate-quente e continuamos descendo até o parqueadero.
Um pouco mais abaixo, pegamos as bikes e seguimos a descida do vulcão nas bicicletas. Por mais de 10 km, baixamos o vulcão fazendo um mountain bike irado !
Em algumas partes o downhill alcança cerca de 70 km por hora, dando uma boa adrenalina.
Lá embaixo, nos reunimos todos na lagoa Limpiopungo, largamos as bike e seguimos no busum novamente até a hosteria papagayo, onde comemos um rango revigorante, incluindo uma sopa de aspargos e uma massa.
Regressamos então à Quito, completamente moídos do passeio, mas extremamente felizes pela experiência no vulcão.
Chegamos no hostel as 4:30 da tarde. O pessoal estava tão cansado que decidiu apenas tomar um banho quente e ficar pelo hostel mesmo descansando.
Eu decidi ainda aproveitar o tempo disponível e fui conhecer o Centro Histórico de Quito.
O Centro Histórico (ou ciudad vieja, como também é conhecido) foi o primeiro
local a ser declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1978. Este conjunto arquitetônico do século XVII é o maior, menos alterado, e melhor preservado centro histórico da América Latina, com 3,2 Km².
Comecei o passeio pela a belíssima Basilica del Voto Nacional, na entrada da ciudad vieja, no alto do morro.
A partir deste ponto, segui pela Calle Venezuela até na Plaza Grande, no coração da ciudad vieja.
Este foi o ponto de partida de um ótimo tour a pé sugerido pelo guia Lonely Planet.
A Plaza Grande, também chamada de Plaza de la Independencia, tem sido a principal praça e centro social de Quito desde o século XVI. É uma praça de palmeiras e a sua volta há diversos edifícios emblemáticos: a Catedral, a Câmara Municipal, o Palácio do Governo e o Palácio Arquiepiscopal. A praça é particularmente impressionante ao anoitecer, quando os edifícios estão iluminados.
O Palacio Presidencial, sede do governo equatoriano, é aberto para visitação pública com tours guiados.
Passando pela Cathedral, segui até a Iglesia de La Compañía de Jesús. Possivelmente a igreja mais bonita das Américas, a Iglesia de la Compañía de Jesús é uma obra-prima Barroca de decoração complexa, uma fachada de entalhes de tirar o fôlego e uma intrigante fusão de detalhes e símbolos das culturas indígenas e Cristã.
Mais adiante, alcancei a Plaza de San Francisco, onde está a Iglesia de San Francisco.
Esta bela igreja Barroca do século XVI definitivamente merece uma visita, com suas pinturas e esculturas espetaculares e uma mistura de decorações Cristãs e indígenas. O museu adjacente, localizado no que um dia foi o convento da igreja, tem acesso ao coro e uma interessante coleção de artefatos religiosos.
Segui o passeio pelo Museo de La Ciudad, depois Iglesia e Plaza Santo Domingo e Teatro Sucre.
Ao finalizar o roteiro estava começando anoitecer, então resolvi fazer uma parte do percurso novamente para curtir as luzes da ciudad vieja, pois na noite a administração de Quito ilumina boa parte dos prédios históricos, criando um belo cenário.
Enfim, a arquitetura da ciudad vieja é realmente de deixar qualquer um de queixo caído!
Após toda esta caminhada, retornei para o Hostel completamente quebrado..
Apenas saímos para jantar em Mariscal, e fomos dormir cedo, pois no outro dia às 5 da madruga a van nos pegaria para levar ao aeroporto para embarcar para Galápagos.
Mais notícias em breve ..
Qual a agência que vc usou e qto custou?
Olá Moema, tudo bem?
Nós fizemos o tour no Cotopaxy pela Gulliver Expeditions (http://gulliver.com.ec/). Pagamos 40 dólares por pessoa e foi nota 10!
O tour que contratamos foi este: (http://gulliver.com.ec/index.php/Biking-Tours/Cotopaxi-bikes.html)
Desculpa a demora para te responder, estamos em uma trip no México, surfando alguns locais bem remotos, com difícil acesso à internet… Boa sorte na tu trip! Abraço!
Gracias, Andrei, e boas ondas para vc.