Na manhã do dia 22 de março, eu, o Heron e o Bisotto e a Cris partimos para mais uma surf-trip, tendo como destino desta vez o arquipélago de Galápagos.
Galápagos pertence ao Equador, ficando cerca de 1.000 Km a oste da costa Equatoriana em meio ao Oceano Pacífico. O arquipélago é formado por 13 ilhas, sendo apenas 4 habitadas, e metade do seu território está sob proteção ambiental.
Para chegar a Galápagos é necessário voar até o Equador (Quito ou Guayaquil) e de lá tomar outro vôo até as ilhas.Por causa do horário de chegada em Quito/Guayaquil dos vôos provenientes do Brasil, faz-se necessário pernoitar um dia em uma destas cidades, para então, no outro dia bem cedo pegar um dos vôos que partem para Galápagos.
Decidimos fazer a escala em Quito ao invés de Guayaquil, pois mesmo sendo Guayaquil mais perto, a cidade de Quito oferece atrações que realmente valiam a pena serem exploradas.A cidade de Quito, situada a 2.800 metros acima do mar, e rodeada por vulcões (inclusive ativos!), é considerada uma das mais belas da América do Sul, com um centro histórico declarado pela UNESCO como patrimônio histórico da humanidade, onde se passeia por ruas de pedra, casarões coloniais e igrejas barrocas. A capital do Equador também é conhecida por abrigar o ponto turístico que marca o ponto em que a linha do Equador divide os hemisférios Norte e Sul do globo.
Saímos de Porto Alegre às 6:40 da manhã de sexta (22/03).O voo atrasou um pouco pela demora da PF para abrir o embarque internacional, fazendo com que chegássemos além do horário esperado para a escala que teríamos que fazer em Lima, no Peru.
A escala no Peru foi com bastante emoção, pois tivemos que fazer uma correria tremenda para conseguirmos pegar o vôo para Quito, que já estava por partir. Entramos no avião já com todo mundo embarcado, somente nos esperando para decolar. Chegamos em Quito a uma da tarde (são duas horas a menos em relação ao fuso do Brasil).
Pousamos no novo aeroporto de Quito, que foi inaugurado não fazia um mês. O antigo aeroporto Mariscal Sucre, ficava fincado bem no meio da cidade de Quito, o que era ótimo em termos de localização e agilidade para chegar e sair do aeroporto, porém era considerado um dos aeroportos mais perigosos do mundo, pois Quito está esparramada em um vale no meio das cordilheiras dos andes, rodeado por diversos vulcões, o que dificultava e muito a manobra dos pilotos.
Já o novo aeroporto está bastante distante de Quito. Como o aeroporto recém iniciou as suas operações e está em uma área longe da cidade, tudo parece ainda estar um pouco desorganizado. Não havia muita opção de transporte para fazermos o nosso transfer até o nosso hostel em Quito, e acabamos negociando dois taxis para levar nós 4 mais as malas e os três sarcófagos com as pranchas. Levamos cerca de uma hora e meia do aeroporto até o bairro de Mariscal Sucre, onde ficamos hospedados.
Chegamos no nosso Hostel (Hostal El Arupo) cerca das 3 da tarde. Apenas largamos nossas coisas e fomos procurar algo para almoçar pois estávamos famintos.
Mariscal Sucre é o bairro “cool” e mais badalado de Quito, oferecendo diversas opções de hospedagem, restaurantes, bares, agências de turismo e boates. No centro do bairro, está localizada a Plaza Foch que é o ponto a alto do agito, com dezenas de bares e restaurantes com mesas ao ar livre. Foi ali que fizemos o nosso primeiro almuerzo no Equador, no Restaurante BBQ e Co.
O bairro fica a poucos minutos de caminhada do centro histórico e também a poucos minutos do Telefériqo de Quito. E foi para lá que nos tocamos após o almoço.
O TeleferiQo, com “Q” maiúsculo de Quito, é um dos teleféricos mais altos do mundo, subindo a encosta do vulcão Pichincha. De lá tem-se uma visão incrível de Quito, das cordilheiras e dos vulcões. Custa US$8,50 e leva a incríveis 4.100 metros de altitude. Da base final do teleférico, se o fôlego estiver em dia, é possível fazer uma trilha de três horas que leva ao anel formado pela boca do vulcão.
A subida do teleférico leva quase 20 minutos e a diferença de temperatura lá em cima é grande. Muito frio !!
Ainda quando estávamos lá em cima começou a chover bem forte e o frio aumentou ainda mais. Na descida, caiu um raio daqueles de cinema e paralisou o funcionamento do teleférico !! Ficamos parados a 3 mil e poucos metros por alguns minutos .. TENSO !
Mas chegamos sãos e salvos em terra firme e de lá já anoitecendo decidimos voltar para o Hostel para depois sair a jantar em Mariscal.
Tomamos um banho no hostel e demos um role por Mariscal Sucre. Decidimos comer em um restaurante especializado em comida Equatoriana. Aqui no Equador, durante a semana santa, é tradição comer um prato típico chamado Fanesca. É uma espécie de sopa grossa, bem consistente, feita a base de 12 grãos frescos, uma alegoria dos discípulos de Jesus. O Bisotto resolver arriscar e pedir, mas todos acabamos experimentando e aprovando o prato.
Após a janta, fomos direto dormir, pois no outro dia sairíamos cedinho para fazer um tour no vulcão Cotopaxy. Localizado ao sul de Quito, é considerado o vulcão ativo mais alto do mundo .. Este passeio incluía a subida até as geleiras do vulcão e a descida do mesmo em 10 km de Mountain bike.
Quando tiver um tempinho escrevo sobre este segundo dia que foi simplesmente sensacional !!
Abração