Blog do Tiburón

A minha 4ª temporada de surfe no Peru começou com uma grande presepada! Eu e o Heron iríamos embarcar para Lima em 13 de setembro/2013 regressando no dia 21. Porém, no dia 13 (por coincidência uma sexta-feira 13), só o Heron viajou… Eu estava tão cansado e estressado do trabalho, que simplesmente apaguei e não acordei para pegar o avião que partia as 6:30 de Porto Alegre. Perdi o voo!! Para ser exato, acordei as 6:25, a tempo ainda de falar com o Heron, que já embarcado na aeronave me contou que veio no meu apê me buscar e que ele e o porteiro tocaram campainha, interfone, bateram na porta, fizeram de tudo para me acordar, porém não teve cristo que me ressuscitasse!!!

Acabei tendo que remarcar a minha passagem e voei para Lima no domingo, dia 15. Enquanto isso, o Heron ficou surfando na capital peruana, aguardando a minha chegada. Desembarquei em Lima e já saí do aeroporto com um carro alugado, com o qual rodamos durante todo o período que ficamos no país. Passei em Miraflores, resgatei o Heron no hostel que ele estava e seguimos rumo à Punta Hermosa. No caminho, passamos em La Herradura para dar um conferes e também para o Heron conhecer o pico.

Como em La Herradura não tinha nada de onda, seguimos até La Isla, onde nos hospedamos no surf-camp do Luisfer.

Neste primeiro dia, havia bastante vento, prejudicando a formação da maioria dos picos em Punta Hermosa, por isso caímos em Caballeros, que era o local que apresentava as melhores condições.

Nos dia seguinte, rodamos cerca de 100 Km ao sul para surfar a onda de Pepinos. Fizemos uma sessão de surfe lá e na volta passamos ainda por Cerro Azul, Puerto Viejo, San Bartolo e El Silêncio, porém estes picos não estavam com boas condições.

Nos dias que se seguiram, pegamos alguns mares bons em Punta Rocas, La Isla e Caballeros.

Aproveitamos também uma tarde para conhecer as Ruínas de Pachacámac, situada no distrito de Lurin, a poucos km de Punta Hermosa.

O local foi uma espécie de santuário, lar do oráculo mais venerado do mundo andino: O Deus Pachacamac. A cidade esteve ocupada por diversas culturas desde 200 a.C., das quais são mais conhecidas a Civilização Lima, a Cultura Wari e Ishmay (época pré-Inca). Assim foi até o século XV, quando chegaram os Incas e destruíram a cidade, para edificar sobre ela o Templo do Sol, o Palácio de Taurichumbi, o Acllahuasi (Mamaconas), entre outros.

Quando os espanhóis conquistaram o Peru, no século XVI, Pachacamac era o centro Inca mais importante na costa peruana – “A Roma dos Andes”. Gente de todo o império chegava para dar suas oferendas ao Deus Pachacamac, cujo nome em quéchua significa “criador do universo”. Na atualidade a cidadela de Pachacamac possui palácios, praças, templos e um museu com uma interessante coleção da época pré-inca e do império inca.

Aproveitamos outra tarde também para fazer um passeio para compras em Lima … rodamos diversas surf-shops da cidade, bem como alguns shopping, além do famoso Centro Comercial Polvos Azules.

No nosso penúltimo dia de trip ainda tentamos a sorte ainda mais uma vez em Puerto Viejo, mas o swell não estava contribuindo muito, e as ondas estavam muito pequenas lá. Porém, quem tem Punta Rocas, nunca fica sem surfe. Essa é, sem dúvida, uma onda especial e dificilmente fica com menos de 1,5 metros. É diversão garantida sempre!

Fechamos a trip no dia 21, com um surfe pesado em La Isla. Ao final da tarde, dirigimos até o aeroporto de Lima, devolvemos o carro à locadora e nos despedimos do Peru, com o sentimento de “até breve”!