Diário da Indonésia – Surfe em Paddang-Paddang, Dreamland e Kecak Dance no Templo de Uluwatu

Ontem à noite chegou o Eric aqui em Bali. Ele vai ficar comigo aqui por 4 dias e depois segue para as Maldivas, onde vai se encontrar com a galera SurfSaurica para fazer uma surf-trip lá.
Hoje, o dia foi aproveitado ao máximo ! Acordamos e fomos primeiro em Uluwatu para o Eric conhecer e para vermos as condições. Estava bem sinistro, grande, com o mar entrando na cave, corrente muito forte e apenas 7 cabeças na água.

Pegamos as motos e seguimos para Paddang-Paddang, a Pipeline de Bali. Demos um banho ali, não menos sinistro .. Dropei lá algumas ondas e só não fui sugado pelo tubo em uma delas ! Pico extremamente tubular e raso. Chegou a rasgar a minha lycra no reef.
Ainda pela manhã, demos banho também em Impossibles. Outro pico que estava bem pesado. O Reef é bem raso nesta bancada também.
Hoje o mar estava grande em todos os picos da península de Bukit. Em Uluwatu, estava marcando 8 pés+.

Após o almoço demos um banho em Dreamland. Tava big também e aqui pegamos algumas bombas boas.

No final da tarde fomos até o Templo de Uluwatu assistir a uma apresentação típica, a Kecak Dance … MUITO MASSA !!

O Templo de Uluwatu foi construído majestosamente no alto da falésia da península de Bukit, que desponta a 80 metros de altura, em frente ao Oceano Índico. Data do século 11. Sua posição foi estrategicamente pensada para proteger a ilha dos maus espíritos do sudeste. É um dos templos mais antigos e mais importantes de Bali.

A Kecak é uma dança e drama musical Balinesa, tendo suas raízes em uma dança de exorcização chamada Sanghyang.

A Kecak ao invés de acompanhamento musical com melodias provindas de instrumentos, tem outra belíssima manifestação, um coro de dezenas de homens que cria sons excepcionais: anasalados, graves, estridentes, sopros, ruídos … numa sinfonia belíssima provinda das formas mais inóspitas de produção de som a partir do corpo humano. Não existem microfones ou caixas acústicas, todas as melodias vem das caixas “toráxicas”.

Esta dança é uma representação da batalha que conta a história do príncipe Rama, que quer resgatar sua esposa Sita, sequestrada pelas mãos do demônio Rawana, o rei de Lanka. O príncipe pede ajuda ao General do Exército dos Macacos, Hanoman. O exército dos macacos acaba por incendiar o Palácio de Rawana e enfim o casal fica novamente junto. É uma típica história entre o bem e o mal, executada por artistas lindamente vestidas, usando máscaras coloridas e dançando graciosamente.

A apresentação é realizada no entardecer à beira do cliff, presenteando a platéia – além do espetáculo de dança e som – com um belo visual do cair da noite em Uluwatu.